m tempos que já lá vão, mas que muitos ainda recordam, a paisagem de Marvila caraterizava-se por extensas propriedades, com terrenos vazios, preenchidos, apenas, por vegetação, plantações agrícolas, quintas e respetivas moradias. Da Quinta do Armador existe, ainda, o palácio, hoje recuperado e pertencente à Fundação Oriente, e que, em tempos, pertenceu a um armador-mor da Rainha D. Maria I, Fernando António Fidié. À centenária quinta juntaram-se, nos anos 90, vários edifícios, dando origem ao Bairro do Armador. Construído no âmbito do Plano de Urbanização de Chelas, o Bairro do Armador – denominado, também, por zona M – nasceu na primeira metade dos anos 90, sendo a rua M3, atual Avenida Vergílio Ferreira, a primeira a ser construída. Estima-se que o Bairro do Armador tenha realojado, inicialmente, famílias antes residentes em zonas como a Quinta dos Cravos, Bairro do Relógio, algumas pessoas do Bairro Chinês, todos da freguesia de Marvila, e da Quinta de Monte Coxo, da freguesia do Alto do Pina. Aquando da entrega de Macau à China, em 20 de dezembro de 1999, o bairro recebeu uma grande comunidade de macaenses. Assim, o bairro tem uma população muito diversificada, tendo habitantes de variadas raças, etnias e poder económico, tendo, inclusive, um condomínio fechado.
Aquele bairro possui uma Unidade Local de Saúde da Santa Casa da Misericórdia, escola primária, espaços de lazer e vários estabelecimentos comerciais, como farmácia, padaria, café, mercearia, talho, cabeleireiro, entre outros, tendo, também, muito próximo de si, um grande estabelecimento comercial, com hipermercado e lojas diversificadas. O Espaço Jovem do projeto Intervir localiza-se, também, no Bairro do Armador. A nível de transportes, é servido por carreiras da Carris, como a 793 e 794, e pelo Metropolitano de Lisboa (linha vermelha), tendo nas proximidades a estação da Bela Vista.