Toponímia

Marvila: a “Vila do Mar”, considerando o Mar da Palha. Tratando-se, também, de razões históricas, culturais, sociais e de vivências de um espaço que, não estando totalmente enquadrado na cidade, acabou por lhe pertencer de forma integral.
Geografia:

  • 1852: Marvila fazia parte do Concelho dos Olivais;
  • 1886: Marvila sai do Concelho dos Olivais para se integrar no resto da cidade, enquanto terreno expectante.

Marvila desenvolveu-se em torno do Convento de Chelas e mantém, ainda hoje, a fixação humana nos sítios de Poço do Bispo, Matinha, Braço de Prata e Cabo Ruivo.
Sendo dos bairros mais típicos da zona oriental da cidade de Lisboa, até ao século XIX, sucediam-se agradáveis quintas, nesta vasta zona de Lisboa, pela fertilidade das terras banhadas pelo Tejo, que se traduziu num crescimento significativo da população.

  • 1959: Mais precisamente dia 7 de fevereiro, nasce a Freguesia de Marvila.
  • 1965: Estabelece-se o primeiro Plano de Urbanização de Chelas, que beneficiou da existência dos imensos espaços expectantes por urbanizar.
  • 1974: Com a revolução e todas as grandes transformações na sociedade portuguesa, a Freguesia de Marvila, adquire um ritmo de desenvolvimento, que a “coloca no mapa” de Lisboa.

Marvila é, neste momento, uma freguesia do concelho de Lisboa, com 6,29 km² de área e 38 102 habitantes (2011), e densidade: 6 057,6 hab./km².Situada na Zona Oriental de Lisboa, tem as suas fronteiras a Norte, com a freguesia dos Olivais e Parque das Nações, a Este com o rio Tejo (Mar da Palha), a Sul com as freguesias do Areeiro e Beato e a Oeste com a Freguesia de Alvalade. É atravessada por dois vales, o Vale Fundão e o Vale de Chelas, e detentora de dois parques urbanos, o Parque da Bela Vista e o Parque do Vale Fundão.

É constituída por 10 bairros: Bairro dos Alfinetes e Salgadas, Bairro do Condado, Bairro dos Lóios, Bairros das Amendoeiras, Bairro da Flamenga, Bairro do Armador, Bairro Marquês de Abrantes, Bairro da PRODAC Norte e PRODAC Sul, ou Vale Fundão, Bairro do Vale Formoso e Poço do Bispo (zona de Marvila Velha).

Origens Histórias
Marvila tem origens, essencialmente rurais, sendo um local onde proliferavam quintas e hortas. Ainda hoje, os exemplos são fáceis de detetar: a Quinta dos Ourives, da Rosa, das Flores, das Amendoeiras, do Leal, do Marquês de Abrantes, entre outras.
Estas propriedades eram exploradas, na sua maioria, por gentes originárias do norte do País e abasteciam os mercados ambulantes, espalhados pelo bairro, pela vizinhança e, mais tarde, por toda Lisboa

Com o passar dos anos Marvila transformou-se numa zona urbana de fisionomia bairrista e fabril. Todavia, ainda hoje se vêm vestígios de uma grande atividade hortícola, por todas as hortas urbanas que vão proliferando pelos terrenos expectantes. A freguesia de Marvila beneficiou bastante com a realização da Expo 98.

O palácio do Marquês de Abrantes, na rua de Marvila, ou o da Mitra, na rua do Açúcar, são verdadeiros exemplares dos vários solares que ali foram edificados. Também os monumentos de carácter religioso abundavam, como é o antigo Mosteiro de Marvila.

No século XX, continuou a instalação de unidades fabris desde a rua do Açúcar até Braço de Prata. São deste período as tanoarias da rua Capitão Leitão e os armazéns de vinhos de Abel Pereira da Fonseca (que, pouco antes de morrer disse a seus descendentes “enquanto o Tejo tiver água, nunca deve faltar vinho a Lisboa”).

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